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Praça Hercílio Luz | Jardim Alcebíades Seara | Biblioteca Pública Municipal


No centro de Araranguá uma das principais referências é a Praça Hercílio Luz, que leva o nome de um famoso político catarinense que viveu entre 1860 e 1924, e que governou o estado em três oportunidades. Na Praça localiza-se a Biblioteca Pública Municipal “Luiz Delfino dos Santos” que foi edificada em 1943, onde também localizava-se o antigo coreto da cidade, importante espaço de realização de atividades políticas e cívicas. O nome da biblioteca homenageia um grande poeta catarinense, Luiz Delfino dos Santos, que viveu entre os anos de 1834 e 1910. Sua poesia tem a marca das três escolas literárias que vigoraram no fim do século XIX: Romantismo, Parnasianismo e o Simbolismo. Na Praça Hercílio Luz também localiza-se o Jardim Alcebíades Seara, uma homenagem ao prefeito que administrou Araranguá entre Janeiro de 1927 e outubro de 1930. Após a ascensão de Getúlio Vargas ao governo federal, Seara foi deposto. Em 1936, então sem mandato, foi assassinado, crime que até hoje não foi devidamente esclarecido. O monumento em sua homenagem existente no Jardim que leva o seu nome, foi inaugurado em 1939.

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Praça Hercílio Luz | Jardim Alcebíades Seara | Biblioteca Pública Municipal

Image José Genaro Salvador Fonte: Arquivo Fotográfico Municipal
Image José Genaro Salvador Fonte: Arquivo Fotográfico Municipal
Image Crédito: Eschley Ferreira
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Monumento ao Expedicionário Iracy Luchina


Iracy Luchina nasceu em 20 de setembro de 1920 e viveu em Araranguá até partir para servir ao Exército no Rio de Janeiro. Sua convocação ocorreu inicialmente por um chamado que reuniu ele e outros membros do tiro de guerra de Araranguá, de onde partiu em 1944. Uma vez no Rio, tornou-se membro do 11º Regimento de Infantaria da FEB- Força Expedicionária Brasileira, indo lutar contra o Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Iracy morreu no dia 12 de dezembro de 1944 na Região de Monte Castelo, Itália, na batalha conhecida com os ‘17 de Abetaia’, episódio em que os 17 soldados que participaram da tomada de Abetaia sumiram após a missão. Seus corpos só foram encontrados dois meses após, quando os pracinhas brasileiros derrotaram os fascistas e tomaram Monte Castelo. Em 1946 a família do soldado recebeu duas medalhas denominadas: Medalha Sangue do Brasil e Medalha de Campanha. Além disso a cidade de Araranguá recebeu, em 1962, o Diploma de Cooperador na Guerra, que foi entregue pela associação dos ex-combatentes do Brasil. Em homenagem a Iracy Luchina, na entrada do Calçadão da Avenida Getúlio Vargas existe um monumento dedicado ao praça, e nele está escrito: “Os santos e heróis moram no céu...”.

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Monumento ao Expedicionário Iracy Luchina

Image Iracy Luchina Fonte: Arquivo Histórico de Araranguá
Image Pintura a óleo retratando¨Os 17 de Abetaia¨.Quadro de autoria do Vet.Cap Otton Arruda Lopes datado de 21/02 1993.Exposto no Museu da FEB -Belo Horizonte- MG
Image Crédito: Eschley Ferreira
Image Crédito: Eschley Ferreira
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Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens


Em 1815 o bispo de Rio de Janeiro anunciou que iria mandar uma imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens para a região. Em 4 de maio de 1848 foi criada a Freguesia de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Sendo a Paróquia mais antiga da Diocese de Criciúma. A imagem da santa chegaria apenas em 1872. Foi confeccionada na cidade de Salvador, Bahia. A devoção a Nossa Senhora Mãe dos Homens remonta a Portugal, surgida em Lisboa. Assim como a festa em comemoração do Divino Espírito Santo, importante tradição na cidade de Araranguá. Em sua história, a paróquia já teve três templos construídos. Em 1864 foi construída a 1ª capela, no local onde hoje se encontra a Praça Hercílio Luz; a 2ª inaugurada em 1902 no terreno defronte a atual, a 3ª, inaugurada em 1956 e recentemente elevada a Santuário. A procissão com a imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens ocorre todos os anos no dia 4 de maio pelas ruas da cidade, sendo a data feriado municipal. Um dos mais tradicionais rituais é a troca de roupas da imagem, que ocorre em cerimônia fechada na véspera da festa, e nela comparecem e atuam apenas mulheres. Segundo o censo de 2010, 73% da população declara-se católica apostólica romana; 19% evangélicos; 1.5% espíritas e 6.5% professam outras crenças ou não possuem religião.

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Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens

Image Primeira Igreja Fonte: Arquivo fotográfico municipal
Image Crédito: José Genaro Salvador Fonte: Arquivo fotográfico municipal
Image Crédito: Eschley Ferreira
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Image Crédito: Eschley Ferreira
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Museu Histórico de Araranguá


O Centro Cultural “Artesã Máxima Astrogilda de Souza” é o local que hoje abriga a Sala de Exposições do Museu Histórico Municipal, o Arquivo Histórico e a sala de ensaios da banda musical. O espaço foi escolhido pela administração municipal por ser um dos prédios mais antigos ainda preservados no Centro do município. Datado na década de 1940 para ser o Banco Nacional do Comércio, posteriormente tornou-se o Banco Sulbrasileiro e, por último, o Banco Meridional, que funcionou até o ano de 1996. O Centro Cultural foi inaugurado em 1998 e é um espaço importante de divulgação e preservação da literatura, do artesanato, da história e da música, além de outras manifestações artísticas locais.

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Museu Histórico de Araranguá

Image Crédito: José Genaro Salvador Fonte: Arquivo Fotográfico Municipal
Image Crédito: Eschley Ferreira
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Monumento Engenheiro Mesquita


Araranguá, diferente de muitas cidades, foi dotada em seus primórdios de um planejamento urbano. A primeira Câmara de Vereadores definiu um ordenamento territorial e demandou ao Engenheiro Antônio Lopes de Mesquita, em 1886, um plano urbano para a cidade. Um plano geométrico e regular, inspirado nos modelos de cidades europeias. A partir de então, Araranguá passou a estruturar-se e empregar investimentos para a consolidação de uma vida urbana, com sede para a prefeitura, fórum, grupo escolar, infraestrutura e serviços. Entre os anos de 1927 e 1928 os trilhos da Estrada de Ferro Dona Thereza Cristina chegaram em Araranguá, ligando a cidade pela via férrea a Criciúma, Tubarão e Laguna. A estação ficava no bairro Barranca e, em meados da década de 1960, a ferrovia foi desativada. Em 1933 houve a instalação do aeroporto em Araranguá, mas foi só a partir da década de 1950 que o campo de aviação funcionou e esteve em operação até 1981, onde hoje está localizado o câmpus do IFSC. Um monumento em homenagem ao Engenheiro Mesquita foi construído em 1967 pelo Lions Club, e presta agradecimento ao homem que deixou Araranguá conhecida como a “Cidade das Avenidas”.

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Monumento Engenheiro Mesquita

Image Crédito: Eschley Ferreira
Image Crédito: Eschley Ferreira
Image Mapa elaborado por Margareth Pimenta a partir do Plano Original do Eng. Mesquita
Image Antônio Lopes de Mesquita, o Engenheiro Mesquita Fonte: Jornaleco
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Rio Araranguá


O rio Araranguá, que compõe a bacia hidrográfica de mesmo nome, é um dos principais sistemas de drenagem da região sul de Santa Catarina. Sua área de abrangência corresponde ao território de 16 municípios nas regiões da Amesc e Amrec. O rio Araranguá dá origem ao nome da cidade, e, entre as várias hipóteses em relação a origem do nome do rio – e da cidade, a mais aceita é associada a existência de uma espécie de boto/golfinho que emitia um som característico “iririm… iririm” que originou seu nome primitivo, “Iriringá”, ou “Iriringuá”, evoluindo até ser denominado Araranguá. Nas margens desse rio surgiu o núcleo urbano do município de Araranguá, onde ainda se encontra a praça central e a Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens. Historicamente a Bacia do Rio Araranguá foi atingida por vários eventos de enchentes, se destacando as de 1974 (considerada a maior da história da região), e do Natal de 1995, que além das perdas materiais causou a morte de 29 pessoas, nos vales dos rios Pinheirinho, Figueira e São Bento. No município de Araranguá, o bairro Barranca é onde se concentra a área mais vulnerável a eventos de inundação. Periodicamente a população tem que ser evacuada do local, além das perdas materiais, que são muito comuns nesse tipo de evento. No ano de 2011 foi feito um projeto de fixação da barra do rio Araranguá, porém, após audiência pública e outros problemas de ordem técnica, a obra não foi executada. Entre as grandes promessas do projeto estava a de “solucionar” os problemas de inundação. Atualmente o rio se encontra em estado muito avançado de poluição, nos seus afluentes da parte sul predomina o cultivo de arroz no sistema pró-várzea (técnica de cultivo de arroz irrigado que utiliza um volume muito elevado de água), nesse modelo, a poluição por agrotóxicos compromete os recursos hídricos, bem como acelera a erosão dos solos causando o assoreamento do leito do rio. Nos afluentes da parte norte encontra-se a poluição causada pela mineração do carvão, onde a qualidade ambiental da água está comprometida por níveis elevados de sulfato, ferro, manganês, alumínio e chumbo. Em relação ao PH, já foram registrados parâmetros entre 2 a 3 em alguns afluentes. Levando em consideração esses dados, as águas do rio Araranguá não têm parâmetros mínimos de potabilidade. Em se tratando do principal manancial da cidade, no futuro, poderemos ter sérios problemas de abastecimento de água potável, dependendo do crescimento urbano ou de mudanças climáticas.

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Rio Araranguá

Image Crédito: Eschley Ferreira
Image Crédito: Eschley Ferreira
Image Crédito: Eschley Ferreira
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